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Uma Candidata Portuguesa Ao Parlamento Europeu Pelo GroenLinks

Uma Candidata Portuguesa Ao Parlamento Europeu Pelo GroenLinks

05-06-2024

Nascida na Terceira, nos Açores, seguiu estudos em Lisboa e chegada a Hilversum, acabou por encontrar o gosto e a vontade de uma participação política mais ativa. Catarina Vieira é uma jovem portuguesa candidata ao Parlamento Europeu pelos Países Baixos, número 10 pela coligação PvdA/GroenLinks.

A pandemia deu-lhe o impulso que faltava para se envolver mais na sociedade neerlandesa e assim, inscreveu-se como membro voluntária do GroenLinks, um partido progressista e de políticas verdes.

Surgindo uma oportunidade de se envolver mais na política, acabou por se candidatar ao Parlamento Europeu por este partido.

Sem qualquer experiência política anterior, é o crescimento dos partidos políticos da direita radical que mais preocupações lhe traz. Pelo menos a certeza de que a nível europeu, "não haverá qualquer apoio político à direita populista".

No Parlamento Europeu, o Groenlinks pertence ao grupo parlamentar "Os Verdes" onde também está o português PAN. Já o PvdA, um partido trabalhista, junta-se ao grupo dos sociais democratas, onde se incluí aqui também o português PS. Catarina chama a atenção neste ponto para não se "confundir os sociais democratas europeus com o PSD em Portugal", que pertence a outro grupo europeu, junto com o neerlandês VVD, do ex-primeiro ministro, Mark Rutte.

O grande desafio da Europa neste momento é a direita populista, radical e de extrema, negacionista das alterações climáticas e dos direitos humanos mais básicos a setores da sociedade mais vulneráveis.

E assim Catarina Vieira apresenta alguns pontos do programa do GroenLinks neerlandês.

   "O bem estar social e climático, o acesso a preços acessíveis aos transportes públicos a todos, a uma transição energética acessível, com também medidas para reforçar o Estado de Direito e a nível internacional, a garantia de apoio à Ucrânia e à segurança dos cidadão europeus."   

Importante também foi conhecer os benefícios que a comunidade portuguesa nos Países Baixos e por toda a Europa ganha com uma Europa forte. "Em primeiro lugar, a comunidade faz já uso das liberdades que são dadas pela União Europeia, as bolsas de Erasmus e estudos acreditados a nível europeu". "Convém não esquecer que há até pouco tempo, havia vários partidos que lutavam para sair da UE".

Por isso a importância do voto nas eleições europeias. Sobre este ponto, Catarina Vieira revela outra alínea do programa eleitoral do seu partido. A simplificação da democracia na Europa. "A política europeia deveria ser mais fácil, mais transparente e mais acessível".

"Simplificar regras, por exemplo nas pensões. Um processo que a União Europeia tem de melhorar", conta-nos. Por isso a importância do voto no Parlamento Europeu.  

  "Todos os votos são importantes, todas as pessoas devem exercer o seu direito de voto, seja por uma lista neerlandesa, seja por uma lista portuguesa. O importante é que as pessoas votem e que participem."  

Falamos de planos e projetos não para cinco anos, mas para longos termos, muitas vezes várias décadas e que vão afetar-nos por várias gerações vindouras.

As sondagens mostram a possibilidade de oito lugares para a coligação PvdA/GroenLinks, um pouco abaixo da posição 10 de Catarina Vieira. Mas, visto que o sistema de voto nos Países Baixos é um pouco diferente do português, onde se vota por partido, aqui podemos votar diretamente no candidato. Uma das razões para o gigantesco boletim de voto com as listas de cada partido e candidatos a concorrer.

"Mas sinceramente, não penso muito nisso. Vou fazendo a campanha e se for eleita, sou eleita e se não for, continuo com a minha vida", diz Catarina. "O que me motiva a trabalhar no Parlamento Europeu é a solidariedade e a justiça."

Segue também uma campanha paralela nas eleições chamada de Stem op een vrouw (vota numa mulher) para chamar a atenção da necessidade de aumentar a representatividade no feminino, principalmente na Europa.

"Ser eleita seria uma experiência única na vida. Ser deputada no Parlamento Europeu é um nível de responsabilidade muito alto, mas se não for eleita, também não tenho nenhum plano para seguir uma carreira política na Holanda",

diz Catarina Vieira, que ainda acrescenta que "continuarei a ser ativa e voluntária a nível local, já que sem a nacionalidade neerlandesa não poderei seguir uma atividade política a nível nacional".

Catarina acaba por falar no interesse da comunidade portuguesa pela política europeia, nacional e local.

"Tal como qualquer outro grupo de seres humanos, onde geralmente não há muita gente que se envolve, não está interessado e não está informado sobre as questões políticas".

 Mas há razões para que assim seja, aponta a candidata portuguesa. "É difícil fazer alguém interessar-se pela política que não seja do país de origem, a barreira linguística, o desconhecimento dos partidos e da sua história são as principais causas."

E é aqui que esta plataforma dos Portugueses na Holanda pode ser "a ponte" entre a sociedade do país e a comunidade, revela Catarina. "Faz todo o sentido mostrar interesse e participar na política do país se é aqui que estamos. Não devemos deitar fora a oportunidade de participar na sociedade onde vivemos, principalmente se temos intenção de ficar."

As Eleições Europeias 2024 decorrem entre o dia 6 e 9 de junho. Nos Países Baixos realizam-se na quinta feira das 7h30 às 21h no local indicado no seu stempas.

Imagens de Portugueses na Holanda e GroenLinks

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