Os Estados Unidos são de longe a potência militar mais importante dentro da NATO e por causa disso, têm uma palavra decisiva na nomeação de um novo líder da aliança militar.

Segundo o general Eichelsheim, é “muito provável” que Rutte suceda ao norueguês Jens Stoltenberg como secretário-geral da NATO. Eichelsheim espera que a nomeação seja anunciada em abril ou maio.

Eichelsheim participou nos últimos dias na conferência de segurança em Munique, onde conversou com vários chefes de governo e militares europeus que fizeram comentários positivos sobre Rutte. “Mesmo que você ouça nos bastidores de Munique, apenas coisas positivas são ditas sobre ele, então acho que ele é um bom candidato”, disse ele no WNL Op Zondag.

“É claro que as conversações ainda terão de ser realizadas entre os decisores”, disse o principal oficial militar dos Países Baixos. Além de Rutte, a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Krisjanis Karins, são outros dos candidatos ao cargo.

Se Rutte for nomeado chefe da NATO na Primavera, o mais provável é ainda não haver um novo governo, até porque as primeiras negociações de formação de coligação falharam. Se Rutte permanecerá no cargo como chefe de governo demissionário é uma decisão política. Nunca houve uma situação como esta na história recente da Holanda com um Primeiro-Ministro. O mais parecido é a demissão do Ministro da Saúde, Ernst Kuipers, com efeitos imediatos, devido à entrada para um cargo de grande importância fora do país.

No passado, houve políticos que permaneceram no governo, mesmo no lugar de Secretário-Geral da NATO. No entanto, também houve ministros que se demitiram imediatamente após a sua nomeação, como o primeiro-ministro dinamarquês Anders Fogh Rasmussen em 2009.

O que irá acontecer com Rutte, neste momento, ainda ninguém sabe.

Imagem de DANIEL DIAZ por Pixabay