Os resultados coincidem com as últimas projeções. O D66 e o ​​PVV são os maiores partidos na nova Tweede Kamer, com 26 cadeiras cada um, seguidos pelo VVD (22), GroenLinks-PvdA (20) e CDA (18), enquanto que o NSC deixa a segunda câmara do Parlamento, sem que nenhum dos seus 19 deputados permaneça no cargo. O município de Amsterdam também foi criticado por entregar os resultados oficiais ao Conselho "com extrema demora", afirmou o presidente do Conselho Eleitoral, Wim Kuijken.

A capital só divulgou os resultados na quinta-feira, mais de uma semana após a realização das eleições. Kuijken afirmou estar preocupado com vários municípios que não divulgam os resultados tão rapidamente quanto o resto do país, atribuindo um dos principais fatores à falta de experiência na organização de eleições.

Embora o PVV e o D66 tenham agora 26 cadeiras no parlamento, o D66 de Rob Jetten recebeu 29.668 votos a mais do que o partido de extrema-direita de Geert Wilders. O D66 é assim considerado o maior partido para efeitos de formação de coligação. Como é tradição, Jetten terá desta forma a primeira oportunidade de tentar negociar um governo de coligação.

Atribuição De Cadeiras

Nesta eleição, cada partido precisava de 70.479 votos para conquistar uma das 150 cadeiras na Tweede Kamer, a câmara baixa dos deputados do parlamento neerlandês. As cadeiras foram inicialmente distribuídas aos partidos para cada conjunto de 70.479 votos recebidos. Isso deixou um saldo de 11 cadeiras residuais, ou restzetels, que foram então distribuídas utilizando o Método D'Hondt. Duas foram para o PVV e uma para cada um dos seguintes partidos: BBB, JA21, CDA, D66, FvD, VVD, GroenLinks-PvdA, ChristenUnie e SP.

O Método D'Hondt é considerado controverso porque começa por atribuir um lugar proporcionalmente com base nos votos restantes recebidos, mas a proporção utilizada é recalculada após cada distribuição dos votos restantes. O método tem sido criticado por distribuir injustamente os lugares no Parlamento aos partidos maiores, enquanto os partidos menores enfrentam um obstáculo maior.

Este ano, o PVV foi o único partido a receber duas das cadeiras remanescentes. Durante a última eleição, o PVV, a coligação de esquerda GL-PvdA e o VVD receberam duas cadeiras cada.

Além disso, quatro mulheres do GroenLinks-PvdA, que estavam abaixo da 20ª posição na lista de candidatos do partido, garantiram uma vaga na Tweede Kamer por meio de votos preferenciais. São elas: Fatihya Abdi, Barbara Kathmann, Mikal Tseggai e Lisa Vliegenthart. Uma quinta mulher, Marieke Vellinga-Beemsterboer, do D66, também conquistou uma das 150 vagas na Tweede Kamer.

O antigo líder do GroenLinks-PvdA, Frans Timmermans, foi eleito, apesar de este ter anunciado que iria sair da liderança da coligação. Ele pode deixar o cargo de forma a que o seu partido escolha um substituto, o que já aconteceu. O mesmo se aplica a Koen Castelein, membro do D66, que permanecerá como vereador em Hattem.

Aproximadamente 10,64 milhões dos 13.589.128 eleitores aptos a votar compareceram às urnas, o que representa uma taxa de votação de 78,3%. Mais de 10,57 milhões de votos foram considerados válidos. Cerca de 28.000 foram considerados nulos e 40.000 foram deixados em branco.

Jetten escolheu Wouter Koolmees, membro do D66 e atual CEO da companhia ferroviária nacional NS, como o verkenner, ou consultor, a pessoa que liderará a primeira ronda de negociações para a formação de uma coligação de governação. Ele já se reuniu com os líderes de todos os partidos para descobrir quem está disposto a trabalhar com quem e sob quais condições.

Esta sexta-feira, está agendado um encontro com o D66 e o ​​JA21, seguido de reuniões com o VVD e o GroenLinks-PvdA. O D66 mostra-se relutante em trabalhar com o JA21, de extrema direita e o VVD não demonstra interesse em colaborar com o GroenLinks-PvdA. O objetivo dos encontros de sexta-feira é verificar se Koolmees consegue identificar pontos de convergência entre os partidos que permitam um Governo estável.

Imagem de Dick Baas via Houtensnieuws