"A Cimeira da NATO é extremamente importante para a Aliança e os Países Baixos e presumimos que o mundo inteiro pretende assistir muito criticamente ao que vai acontecer", disse o monarca durante uma visita de Estado no Chipre.

Como chefe de estado oficial, o rei neerlandês não estava disposto a compartilhar os seus pensamentos sobre a tensão crescente e a discussão entre o presidente dos EUA, Donald Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, que ocorreu na semana passada na Casa Branca. “O que eu mesmo pensei não é relevante neste momento”, ele disse aos jornalistas no Chipre.

O rei acrescentou que os Países Baixos devem assumir um papel de liderança neste assunto. “Vemos principalmente que uma nova liderança é necessária, juntamente com uma União Europeia mais forte”, disse o rei. “É disso que precisamos. Vejo que as pessoas estão preocupadas.”

Willem-Alexander também não quis revelar se ele próprio já esteve numa situação semelhante nos bastidores das suas reuniões. “Mas eu não estou na mesma posição que o presidente Trump ou o presidente Zelenskyy. Eu não vou acabar em tal situação.” Willem-Alexander também não comentou o debate político sobre a situação na Ucrânia.

Willem-Alexander enfatizou que durante a Cimeira da NATO, ele estará "disponível para receber o Primeiro Ministro, Dick Schoof, mas também o Secretário Geral da NATO, Mark Rutte. Como país, devemos demonstrar claramente que temos confiança na liderança da UE e na futura cooperação transatlântica. Isso deu-nos 80 anos de paz e segurança. E esperamos manter esse relacionamento por muito tempo."

O rei disse que está ansioso para “receber todos os chefes de estado e governo que atendem à Cimeira da NATO em Huis ten Bosch para um jantar. Teremos uma noite agradável juntos.”

Imagem de Yuki Shimazu, via Flickr.com