A emissora entrevistou 16 mil pessoas depois de se saber que o líder do PVV, Geert Wilders, não iria para essa posição, apesar do seu partido de extrema direita ter conquistado o maior número de deputados nas eleições parlamentares de novembro.

Dijkhoff obteve apoio significativo do seu próprio partido VVD, mas também teve amplo apoio dos eleitores de esquerda e de pelo menos uma grande percentagem de eleitores do PVV. O nome de Dijkhoff também surgiu em 2023, depois de o primeiro-ministro Mark Rutte deixar claro que não queria continuar na política nacional. Dijkhoff afastou-se do mundo político em 2021 e, em 2023, disse que os seus interesses estavam noutro local.

“Para mim, pessoalmente, o modo como quero ser pai, por exemplo, não pode ser combinado com a imagem que tenho do que um primeiro-ministro deve entregar”, disse ele. Ele afirmou também que queria estar longe dos holofotes da política pelo menos mais 14 anos.

A pessoa que orienta as rondas de negociações, Kim Putters, foi a segunda pessoa considerada mais aceitável como primeiro-ministro, com quase 50 por cento dos inquiridos a apoiá-lo. Ele e Dijkhoff foram as únicas duas opções que receberam amplo apoio na pesquisa.

Os líderes dos três partidos que negociam com Wilders para formar um governo também disseram que não aceitarão o cargo. Foi vista como a única forma de o PVV, VVD, NSC e BBB continuarem as suas negociações, que caminham agora para um governo extraparlamentar. Provavelmente irão investigar a possibilidade de formar um governo orientado por um conjunto de pessoas escolhidas pelos partidos e um punhado de objetivos, em vez de políticas concretas.

Além disso, Putters recomendou que os quatro partidos escolhessem uma variedade maior de ministros e secretários de estado. O antigo político trabalhista preside agora ao Conselho Social e Económico dos Países Baixos (SER).

Aos inquiridos foram dadas as opções dos dois membros número dois dos quatro potenciais parceiros da coligação. Uma série de ex-ministros e líderes partidários também foram selecionados para fazerem parte do inquérito.

A ex-ministra da Defesa, Jeanine Hennis, ficou em um distante terceiro lugar, com um índice de aprovação de 37%. A política sénior do BBB, Mona Keijzer, ficou em quarto lugar com uma classificação de 35 por cento, e Ronald Plasterk completou os cinco primeiros com 33 por cento. Este último, também um antigo político trabalhista, liderou as primeiras rondas das negociações para a formação do governo após as eleições de novembro.

Imagem de  BZ - Aad Meijer