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Protesto Anti-Imigração Acaba Em Confrontos Com A Polícia

Protesto Anti-Imigração Acaba Em Confrontos Com A Polícia

20-09-2025

Os agentes foram obrigados a usarem canhões de água e gás lacrimogéneo para dispersar a multidão.

Um protesto anti-imigração em Den Haag acabou em violência no sábado, após manifestantes deixarem o Malieveld com o objetivo de invadirem a autoestrada A12, o que acabou por levar a confrontos com a polícia, disseram as autoridades. 

A polícia informou que cerca de 1.500 pessoa juntaram-se na A12. A polícia foi atacada com pedras, garrafas e paus e uma viatura da polícia foi incendiada, para além de várias outras com vidros partidos. Várias janelas do escritório do partido D66, na Lange Houtstraat, foram vandalizadas e um pequeno incêndio em frente ao prédio foi registado. Não havia ninguém dentro do escritório no momento, disse a direção do partido.

"Há violência a ser usada contra agentes da polícia. Pedras e garrafas estão a ser arremessadas. É por isso que medidas extraordinárias estão a ser tomadas neste momento", disse um porta-voz da polícia enquanto decorria o confronto.

Os grupos de manifestantes percorreram a cidade com cânticos anti-imigração e declarações nacionalistas, algumas a roçarem o nazismo.

A manifestação no Malieveld foi originalmente autorizada para protestar sobre as políticas de asilo e imigração mais rigorosas. Os organizadores, no palco, pediram aos participantes a permanecerem no local e a protestarem pacificamente. O protesto foi organizado por Els Rechts, que luta por medidas mais rigorosas de asilo e imigração. A organização fez vários apelos aos participantes que mantivessem o protesto pacífico.

O líder do D66, Rob Jetten, condenou o ataque ao escritório do seu partido, acabando por adjetivar os manifestantes por "escória" e que os extremistas nunca intimidariam o partido ou tirariam o poder democrático.

No Malieveld, manifestantes queimaram fogos de artifício e agitaram bandeiras neerlandesas e até a do século XVI, Prinsenvlag, uma bandeira com faixa horizontal laranja, branca e azul, historicamente usadas por apoiantes de Willem de Orange durante a Guerra dos Oitenta Anos. A bandeira foi usada como pavilhão nacional da República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos e mais tarde da República da África do Sul na época do Apartheid e agora é frequentemente exibida por grupos de extrema direita nacionalista.

Reação Do Município

"Inédito e indigno da Holanda", disse o burgomestre de Den Haag, Jan van Zanen, sobre os tumultos. O burgomestre prosseguiu, chamando-os de "explosão de violência sem precedentes", com "grupos de selvagens de todo o país" a invadir a cidade de Den Haag. "Não foi uma manifestação; foram tumultos deliberados."

"A polícia foi atacada, cavalos foram atacados, jornalistas foram atacados", disse Van Zanen. "Esta escória veio de todo o país." Alguns grupos organizados de vários clubes de futebol também estiveram presentes. Nesse contexto, acrescentou o burgomestre, "hooligans é mais uma caracterização de algo relacionado ao futebol".

A polícia informou que mais de trinta detenções foi feita por violência pública contra agentes da polícia. Alguns deles permanecem detidos, enquanto outros foram liberados, mas continuam como suspeitos. Mais detenções são esperadas nos próximos dias. No entanto, o Procurador-Geral Adjunto, Frank van Dijk, do Ministério Público de Den Haag, não quis prever quantas.

Além dos agentes, seis jornalistas também ficaram feridos, relata a PersVeilig. Segundo a organização os feridos incluem cinco fotógrafos e um jornalista de televisão. A organização informou anteriormente ter conhecimento de pelos menos "dois que foram atacados pelas costas por manifestantes e agredidos". Não precisaram de hospitalização.

Imagem de ANP

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