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A maioria dos membros do GroenLinks-PvdA votou a favor de uma proposta de fusão para formar um novo partido no próximo ano, anunciaram os líderes dos partidos na quinta-feira. Um total de 89% dos membros do GroenLinks votaram a favor e 88% do PvdA votaram a favor da proposta.
A questão de uma fusão dos dois partidos de esquerda nas eleições parlamentares de 29 de outubro também foi confirmada por uma maioria significativa. Os resultados foram ainda mais claros: mais de 90% dos membros de ambos os partidos concordaram com a proposta.
O GroenLinks e o PvdA trabalham juntos há vários anos. Eles têm um partido conjunto na Eerste Kamer, o Senado neerlandês, desde junho de 2023. Este também foi o ano em que decidiram se unir nas eleições para a Tweede Kamer, a câmara dos deputados do parlamento neerlandês. Sob a liderança de Frans Timmermans, o GroenLinks-PvdA tornou-se o segundo maior partido do governo, com 25 cadeiras, oito a mais do que em 2021.
Os partidos de esquerda precisam elevar ainda mais o nível, acredita Timmermans. "Podemos ser o maior partido do país a 29 de outubro." Ele está convencido de que "a maioria dos neerlandeses tem um coração e são socialmente calorosos". Ele quer convencer as pessoas oferecendo perspetivas. "O medo pelo futuro deve-se transformar em esperança."
Timmermans também é candidato à liderança do partido nesta ocasião, mas outros candidatos podem ainda entrar na corrida. Eles têm até sexta-feira para o fazer. Os membros votarão na próxima semana para decidir quem deve encabeçar a lista eleitoral nas próximas eleições. Os resultados serão anunciados a 20 de junho, um dia antes do congresso do partido em Nieuwegein.
A colaboração sempre recebeu amplo apoio de ambos os partidos em consultas anteriores com os seus membros. Houve maior resistência à fusão, especialmente por parte de um grupo de figuras proeminentes dentro do PvdA, liderado pelo ex-líder do partido, Ad Melkert. Eles temem que os valores sociais-democratas do partido sejam esquecidos. Há também um movimento dentro do GroenLinks que alerta para a possibilidade de erosão ideológica após a fusão.
A fusão conta com o apoio da velha guarda do PvdA, como por exemplo, o ex-ministro Jan Pronk, que compareceu ao anúncio dos resultados das consultas aos membros. Ele é a favor da fusão de esquerda, como resposta à ascensão da "direita antidemocrática". Pronk pediu ao grupo ao redor de Melkert que "se afastasse" e abrisse espaço para uma nova geração de ideias.
Imagem Gabor Kovacs CC-BY-4.0: © European Union 2019 – Source: EP
