Os custos subiram agora para 1,3 mil milhões de euros, informa o NRC depois de falar com os responsáveis pelo projeto. O projeto também tem sido adiado devido a processos judiciais.

O Porthos é um dos primeiros projetos de armazenamento em grande escala de CO2 em campos de gás natural vazios sob o fundo do mar, neste caso o Mar do Norte. Os proponentes vêm o armazenamento de CO2 como uma forma importante de reduzir as emissões deste gás com efeito de estufa e, assim, combater as perigosas alterações climáticas. Mas também há dúvidas se a abordagem é técnica e financeiramente viável em grande escala. Porthos é, portanto, seguido com grande interesse internacional.

Segundo as operadoras – Gasunie, Port of Rotterdam e EBN – o aumento dos custos deve-se principalmente ao forte aumento da inflação, que encareceu os materiais de construção. A crise energética global também desempenhou um papel. Devido à ameaça de insegurança energética em 2022, houve uma corrida aos componentes, como os gasodutos, com os quais os países tentavam garantir o seu fornecimento de energia, tornando-os mais difíceis e caros de obter.

O atraso do projeto deve-se principalmente a processos judiciais movidos pela Mobilização pelo Meio Ambiente (MOB). A organização ambientalista considerou que durante a construção foi emitido nitrogénio em quantidades acima do permitido, colocando a natureza em risco. O Conselho de Estado declarou essas preocupações infundadas em Agosto, mas causou um atraso de vários meses. O atraso aumentou ainda mais os custos, disseram as operadoras. Muitos materiais e produtos ficaram mais caros enquanto aguardavam a decisão jurídica antes de fazer a encomenda dos materiais e proceder à construção deste valioso projeto de armazenamento de CO2.

Imagem Portugueses na Holanda com Google