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O Governo interino quer o país na nova meta de gastos da NATO de 5% do Produto Interno Bruto (PIB). O Ministro da Defesa, Ruben Brekelmans, do VVD, anunciou a posição do governo na sexta-feira, após a reunião semanal do Conselho de Ministros.
Uma proposta do Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, garantiria que os Estados-membros da Aliança gastassem 3,5% do seu PIB em investimentos diretos no setor de Defesa e 1,5% em investimentos setoriais, como infraestrutura. Isso representa mais de 19 mil milhões de euros em investimentos dos Países Baixos. A nova meta será discutida na Cimeira da NATO em Den Haag, no final do mês.
Os Países Baixos indicarão nessa cimeira que consideram o aumento do padrão uma boa proposta. "Esperamos, é claro, que outros países também adiram a essa meta de gastos num futuro próximo", disse Brekelmans. "Espero que isso também aconteça."
A crescente ameaça da Rússia criou uma "necessidade militar" de gastar mais em armas, munições e pessoal, enfatizou Brekelmans. Outro fator é que a proteção dos Estados Unidos, como o maior aliado da NATO, tornou-se menos garantida desde o retorno de Donald Trump à presidência.
Brekelmans reconheceu que o financiamento do aumento será desafiador, mas também aludiu ao fato de que isso caberia ao próximo governo resolver. "Um passo está dado para 2026, com verbas extras no Memorando de Primavera. Caberá ao próximo Governo tomar decisões sobre isso nos anos seguintes", disse o ministro da Defesa.
Os Países Baixos estão atualmente a gastar 2% do seu PIB no setor de Defesa. O aumento do investimento provavelmente resultará em cortes orçamentais em outros setores por parte do governo.
O novo padrão da NATO precisa ser alcançado até 2032. Os Países Baixos não se opõem a esse prazo, mas ele ainda pode ser adiado, segundo o ministro. Alguns Estados-membros querem que o investimento seja concluído mais rapidamente, outros países acreditam que um adiamento beneficiaria a viabilidade. Os 32 membros da Aliança terão que resolver isso entre si, segundo Brekelmans.
Os partidos da coligação interina, VVD, BBB e NSC, precisarão do apoio dos partidos da oposição para a proposta. O Ministro interino dos Negócios Estrangeiros, Caspar Veldkamp, afirmou esperar que os partidos da oposição concordem com a proposta de investimento. A proposta será debatida na Tweede Kamer, na terça-feira.
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