Espera-se que Veldkamp expresse formalmente essa posição durante a reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas na terça-feira, onde o progresso dos países candidatos estará na ordem do dia. Cada um dos 27 estados-membros da UE deve concordar por unanimidade antes que um país candidato possa avançar no processo de adesão.

"Os Países Baixos acreditam que a Sérvia ainda não está pronta para o próximo passo", afirmou Veldkamp na segunda-feira em Bruxelas.

A Comissão Europeia publica anualmente relatórios de ampliação para avaliar o progresso dos países candidatos. Atualmente, há dez candidatos à adesão à UE, incluindo a Sérvia. Os relatórios avaliam reformas e conformidade com os critérios da UE em áreas como estado de direito, política económica e governação.

No ano passado, vários países candidatos fizeram progressos significativos em direção ao alinhamento com os padrões da UE, conforme observado nos últimos relatórios da Comissão. Neste momento, os países candidatos à União Europeia são: Albânia, Bósnia-Herzegovina, Geórgia, Macedónia do Norte, Moldova, Montenegro, Sérvia, Turquia, Ucrânia e o Kosovo.

A UE e os seus Estados-Membros têm reiteradamente manifestado o seu apoio inequívoco à perspetiva de adesão plena dos países dos Balcãs Ocidentais e da Turquia à UE, com base no mérito, sendo do interesse da União em termos políticos, económicos e de segurança.

Mas na semana passada, durante um debate parlamentar, surgiu um amplo número de partidos políticos neerlandeses que se opõem à abertura da próxima etapa do processo de adesão à União Europeia para a Sérvia neste momento. Kati Piri apresentou uma moção afirmando que o “processo de adesão à UE deve ser baseado em resultados alcançados e que o estado de direito é uma parte importante disto”, que continuou afirmando que a Sérvia fez “progresso insuficiente” em relação a esta questão.

Piri serve na Tweede Kamer, a câmara baixa dos deputados do Parlamento neerlandês, representando o partido de oposição de esquerda, GroenLinks-PvdA. A sua moção foi acompanhada pelo deputado da coligação de direita, Thom van Campen do VVD.

A moção foi aprovada por unanimidade após o debate, depois que Veldkamp indicou que também considerava o Estado de direito “muito importante na política”. O ministro acrescentou que estava comprometido em apresentar essa perspetiva durante as reuniões dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

Imagem de Pete Linforth por Pixabay

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