No entanto, Ali B vai recorrer se for condenado, disse o seu advogado Bart Swier na noite de sexta-feira no programa Renze. Segundo Swier, o Ministério Público (OM) estava preparado para uma pena de prisão. O advogado disse ainda que o julgamento “não foi tão ruim”. Porém, Swier respondia a uma pergunta do apresentador Renze Klamer sobre a possibilidade de ser condenado a pena efetiva. "Não, de jeito nenhum, porque Ali nega todos os fatos. Para ser honesto, não teria importado muito se já se passaram seis meses ou seis anos. Ele apelará de cada sentença", disse.

Ali B esteve a ser julgado durante três dias no tribunal de Haarlem. O rapper de 42 anos é acusado de dois atos de violação e duas acusações de agressão sexual contra três mulheres, Naomi, a ex-participante do The Voice; Jill Helena e a cantora Ellen ten Damme.

Segundo o OM, Ali B atacou as três mulheres da mesma forma. Ele as colocava “contra uma parede, uma cama ou uma porta de carro para que não pudessem sair”. Os incidentes aconteceram à tarde ou à noite e num local onde as mulheres dependiam dele, “um local onde não se sentiam confortáveis”.

O Ministério Público pediu na sexta-feira uma pena de prisão de três anos contra o rapper, apresentando os advogados as alegações finais do seu caso. O julgamento iniciou na quarta-feira, mas ao contrário do previsto, não conseguiram concluir o caso de crime sexual na quinta-feira, após o que o tribunal decidiu prorrogar a sessão por mais um dia. O terceiro dia de audiência terminou ainda assim às 19h.

Durante o processo judicial, o segundo advogado de Ali B, Michael Ruperti, admitiu ter ligado para o advogado de Ellen ten Damme em nome do seu cliente. No sábado, ele afirmou que "não estava consciente" de que a sua ligação poderia ter um efeito intimidador sobre a cantora, que afirma ter sido violada pelo rapper em 2014. Ruperti e a advogada comum das vítimas no processo, Ruth Jager, deram a conhecer esse telefonema numa declaração conjunta no sábado, chamando a atenção "que a ligação em questão não foi feita de forma coerciva ou mesmo intimidadora".

"A razão pela qual o Srº. Ruperti contactou a Srª. Jager foi porque ele queria amenizar um caso criminal complexo. Ele o fez com a melhor das intenções e não pretendia colocar ninguém sob pressão", escreveram os advogados no comunicado. Pretendia-se assim eliminar a polémica deste telefonema que muitos viram como uma forma de intimidação à vítima.

Ten Damme denunciou uma violação à polícia de Marrocos em 2014, onde alegadamente aconteceu. Ela não apresentou queixa nos Países Baixos, mas tratando-se de um crime público, o Ministério Público decidiu mesmo assim processar o rapper por este caso.

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