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A maioria dos deputados arrepende-se agora de ter votado a favor da descontinuação da regra dos 30% de que alguns trabalhadores internacionais beneficiam para beneficiar as ajudas nos juros que os estudantes pagam sobre os seus empréstimos, disse o programa televisivo EenVandaag na sexta-feira.
Os pró-agricultores BBB e o CDA, que votaram a favor, dizem agora que gostariam de inverter a sua posição, disse o EenVandaag, depois de questionar deputados de todo o espectro político. D66 ainda não reviu a sua posição.
A votação foi realizada numa maratona legislativa de última hora no final de Novembro, na última noite antes de os novos deputados escolhidos nas eleições parlamentares tomarem os seus lugares.
Os deputados estavam interessados em compensar os estudantes que estavam sobrecarregados com grandes dívidas durante o curto período em que as bolsas de estudo deixaram de existir e Pieter Omtzigt, na altura um deputado independente, sugeriu cortar o desconto fiscal na regra dos 30% para cobrir o custo de 200 milhões de euros.
O VVD foi o único partido no parlamento a votar contra a medida.
As pessoas que reúnem qualificações rigorosas em termos de salário e conjunto de competências e são destacadas do estrangeiro para os Países Baixos, podem atualmente beneficiar da redução fiscal por até cinco anos.
A alteração de Omzigt pedia que a redução fiscal se mantivesse nos 30% a partir de Janeiro durante 20 meses, reduzida para 20% durante os 20 meses seguintes e depois para 10% durante mais 20 meses.
As organizações de empregadores e as empresas com uma grande percentagem de trabalhadores estrangeiros alertaram que a mudança prejudicaria a atratividade dos Países Baixos como local para fazer negócios e desencorajaria os trabalhadores qualificados a se mudarem para o país
A situação é tão grave que o Ministério da Economia admitiu que o governo está a procurar formas de manter empresas como a fabricante de máquinas de chips ASML nos Países Baixos. O De Telegraaf disse que os ministros criaram a “Operação Beethoven” para melhorar o clima de negócios.
“Não deveríamos ter feito isso”, disse o líder do CDA, Henri Bontenbal, à EenVandaag. “Quando se está sob tanta pressão e a lidar com tanta legislação, os acidentes acontecem. Isto é um exemplo."
O Secretário de Estado das Finanças, Marnix van Rij, está supostamente a preparar um plano alternativo para compensar os estudantes, que pretende apresentar aos deputados no final deste mês. Isso significaria que a decisão dos 30% poderia permanecer como está agora.
O PVV de extrema direita, que tem 37 deputados e é o maior partido no parlamento, ainda não revelou qual a sua posição.
Imagem de Peggy und Marco Lachmann-Anke por Pixabay
