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No dia de Natal, o Rei proferiu o seu tradicional discurso natalício, claramente de uma forma mais pessoal. Ele refletiu sobre o mundo que os pais deixam para os filhos. "Parece menos óbvio do que costumava ser que os filhos terão uma vida melhor do que a dos pais."
Do Palácio Huis ten Bosch, o monarca referiu ao nascimento das suas três filhas. "Embora todas as nossas filhas já sejam adultas, ainda me lembro bem de como era. De repente, o mundo torna-se muito pequeno. Você quer protegê-las de todo o mal", disse ele.
A questão é: que tipo de mundo queremos para os nossos filhos? Como encontrar o espaço para que eles se descubram? Eles não encontrarão esse espaço num mundo onde os jovens têm medo de serem julgados. Também não queremos um mundo com ameaças e acusações uns aos outros, online ou offline. Nem queremos um mundo onde nos tornemos seguidores servos de algoritmos todo-poderosos e sem alma.
No seu discurso, Willem-Alexander levantou a questão de que tipo de mundo queremos deixar para as futuras gerações. "Elas não encontrarão espaço num mundo onde os erros são severamente punidos", disse ele. "E onde os jovens têm medo de serem julgados e o serem com base na sua aparência, sua origem, sua orientação sexual ou suas conquistas."
O Rei reiterou uma declaração que fez na sua posse em 2013: "Que os filhos terão uma vida melhor que a dos pais parece menos óbvio do que costumava ser."
O rei disse que gostaria que "o primeiro objetivo de cada geração fosse entregar o mundo à próxima geração num estado um pouco melhor". Isso não é fácil, disse ele. "Mas isso não significa que sejamos impotentes." Segundo Willem-Alexander, podemos fazer muito por nós mesmos para evitar essa impotência.
"Tudo começa com o cuidado com o que nos une", disse ele. "A nossa democracia e nosso Estado de Direito. O nosso meio ambiente. A nossa liberdade. E a nossa responsabilidade uns pelos outros. Resiliência e autossuficiência são habilidades essenciais. Mas sem uma comunidade onde as pessoas se importam umas com as outras, se escutam e se apoiam mutuamente, isso não vai funcionar."
Segundo o Rei, o senso de comunidade é "a chave". "É importante que as crianças aprendam isso desde cedo." A história do Natal leva-nos de volta ao básico, diz ele. "O futuro é vasto e cheio de possibilidades. Desejo a todos vocês, onde quer que estejam, um Natal abençoado."
Imagem de Helena Jankovičová Kováčová por Pixabay





