O dia 4 de Maio surgiu como forma de homenagear os mortos durante a II Guerra Mundial, mas rapidamente se alargou a outros conflitos armados. Hoje em dia é usado para relembrar os mortos nos confrontos armados onde os Países Baixos tiveram uma participação militar.

Neste dia existem várias cerimónias de homenagem um pouco por todo o país, mas as mais conhecidas e concorridas são as que se realizam na infame praia de Den Haag, Amsterdam e Westerbork.

Nas dunas de Waalsdorpervlakte, perto de Den Haag, homenegeia-se os executados pelo exército Nazi. Esta praia foi usada durante a ocupação Nazi para assassinar várias pessoas suspeitas de pertencerem à Resistência na Holanda. Mais de 250 pessoas foram executadas neste local. A cerimónia inicia-se com o toque do Taptoe, uma música militar de homenagem, seguido pelo toque de um sino que se encontra no local, pouco antes das 20h, quando se realiza dois minutos de silêncio. O Hino dos Países Baixos é tocado e de seguida as pessoas depositam coroas de flores ao pé do monumento.

Na Damplein, em Amsterdam, também são relembrados os mortos das guerras. Neste local participam também nas comemorações a Casa Real Neerlandesa e vários membros do Governo. A cerimónia é acompanhada com a colocação de uma coroa de flores junto ao monumento pela Família Real. Aqui são realizadas as comemorações oficiais, com transmissão em direto pela televisão.

Em Westerbork, onde existia um pequeno campo de concentração, também se reúnem várias centenas de pessoas para uma homenagem aos que aqui foram deportados ou faleceram.

Em comum em todo o país neste dia, são os dois minutos de silêncio às 20h. Todo o país pára, inclusive a circulação de transportes públicos, partidas e chegadas de aviões, jogos de futebol ou concertos. O país coloca também as suas bandeiras a meia-haste desde o final da tarde até ao pôr do sol.

Depois, A Festa

É um feriado nacional neerlandês, que celebra anualmente a libertação da ocupação alemã do país em 1945. A 5 de Maio, os Países Baixos também celebram os valores da liberdade, da democracia e dos direitos humanos.

A partir de 1958 foi decidido que o dia deveria ser comemorado a cada 5 anos. Os mesmos anos de ocupação a que o país esteve sujeito. Em 1990 o governo oficializou o dia como um feriado nacional. Mesmo com esta oficialização, nem todos os sectores da economia têm direito ao dia. Tudo dependerá do contrato coletivo de trabalho (CAO) do sector.

A 5 de Maio de 1945, no hotel De Wereld em Wageningen, o comandante-em-chefe alemão Johannes Blaskowitz assinou o documento da capitulação nazi nos Países Baixos, na presença do general canadiano Charles Foulkes, das Forças Aliadas e do príncipe Bernhard, comandante das Forças Armadas do país.

Na noite de 4 para 5 de Maio, o burgomestre de Wageningen acende uma pira em frente ao histórico Hotel de Wereld. Deste local histórico, grupos de caminhantes deixam o local para espalhar a Chama da Liberdade. É um momento importante para os Países Baixos na transição da comemoração do 4 de Maio para a celebração da liberdade a 5 de Maio. Os quatorze Festivais da Libertação serão oficialmente abertos no Dia da Libertação com a Chama da Liberdade.

As celebrações do Dia da Libertação começam todos os anos numa cidade e província diferente. Tradicionalmente, o primeiro-ministro acende o Fogo da Libertação nessa cidade, onde se dá o início oficial das festividades. A partir daí, as festividades e celebrações acontecem em 14 cidades por todo o país, com festivais de música, desfile de veteranos de guerra e famílias de sobreviventes. Em algumas cidades, recria-se inclusivamente, os combates finais da vitória e a entrada das Forças Aliadas na cidade.

Com bandeiras neerlandesas hasteadas à janela de muitas casas, as festividades encerram em Amsterdam, com um grandioso concerto no Amstel, com a presença da Família Real.

Imagem do Banco de Fotos Rijswijk

Imagem de Den Haag

Imagem dos Arquivos Nacionais