Após se reunirem com dezenas de especialistas, o líder do D66, Rob Jetten e o líder do CDA, Henri Bontenbal, chegaram ao ponto em que começam a trabalhar no seu próprio documento de coligação, com o qual esperam atrair outros partidos no futuro. 

Os dois líderes partidários prometeram que estão a levar em consideração os outros partidos ao redigir o acordo. "Estamos constantemente a pensar neles", disse Jetten. "Como se cria uma agenda que também consiga atrair outros?"

Bontenbal acrescentou: "Achamos que tudo o que escrevemos é brilhante, claro, mas se todos os partidos pensam assim, pode significar que o acordo não é afinal perfeito." Negociar, sim, mas sem ultimatos.

Falta agora entrar em contacto com os outros partidos, o que está para breve. Bontenbal disse que ainda não sabem quanto tempo levará a fase de redação, mas acrescentou que os "contactos informais já foram estabelecidos". Ele não especificou com quais partidos.

Ambas as partes estão confiantes de que estarão prontas para a próxima etapa antes do prazo de 9 de dezembro estabelecido pelo responsável pela formação do Governo, Sybrand Buma.

Na quarta-feira, os dois líderes partidários reuniram-se com o Gabinete de Análise de Política Económica dos Países Baixos (CPB). Durante essa reunião, o órgão consultivo reiterou ao D66 e ao CDA que o governo não pode continuar a gastar mais dinheiro indefinidamente.

Após a reunião com Jetten e Bontenbal, o diretor do CPB, Pieter Hasekamp, ​​disse que os alertou de que os gastos adicionais dos governos anteriores muitas vezes não resultavam em muito além de um mercado de trabalho ainda mais restrito.

“Essas são escolhas políticas, mas simplesmente aumentar tudo não vai funcionar”, disse Hasekamp. “A economia neerlandesa só consegue suportar um certo aumento de gastos. Em algum momento, esses gastos e receitas terão que se equilibrar.”

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