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A Ministra da Saúde, Fleur Agema, ainda não encontrou uma alternativa definitiva para os 165 milhões de euros que devem ser cortados dos cursos de formação para atendimento médico especializado. Ela apresenta apenas uma solução temporária.
Os cortes na formação de especialistas médicos surgiram das negociações sobre os orçamentos para a educação no final do ano passado. Os partidos da coligação negociaram com quatro partidos da oposição sobre uma abordagem diferente para os cortes planeados na educação.
A ideia era cortar 315 milhões de euros do orçamento na educação para especialistas médicos e a sua formação continuada. Mas desses, 165 milhões de euros também acabaram por afetar a formação de enfermeiros, por exemplo. E essa não era a intenção, disseram depois os partidos da oposição em choque.
Agema teve então que procurar uma alternativa para economizar 165 milhões de euros. A ministra, que disse ter sido apanhada de surpresa pelos cortes no seu ministério e pelas implicações que trouxeram. Também houve muita insatisfação no setor de saúde, o que fez com que as discussões sobre planos para tornar a assistência médica preparada para o futuro, fracassassem.
Isso colocou a ministra Agema num dilema, disse numa carta à Câmara dos Deputados na sexta-feira. Por um lado, ela gostaria de discutir o acordo de assistência médica com as partes envolvidas novamente. Mas, por outro lado, segundo a ministra, ainda não é possível chegar a uma solução definitiva. Isso só será possível na primavera, quando o governo apresentar uma retificação ao orçamento.
Para já, Agema tem guardado os cortes num fundo destinado a aumentos salariais para, entre outros, trabalhadores públicos do Ministério da Saúde. Mas essa é apenas uma solução temporária e não é a intenção que realmente haja uma economia de dinheiro ali, enfatiza a ministra.
Esses 165 milhões de euros não são o único desafio financeiro. Por exemplo, o governo também deve procurar uma alternativa ao aumento do IVA nos livros, cultura e desporto. A ministra Agema, que assumiu a conferência de imprensa semanal do primeiro-ministro Dick Schoof na sexta-feira, por impossibilidade de saúde, indicou que este será um grande desafio.
Imagem de andreas160578 por Pixabay