Desde que Schoof assumiu o cargo como primeiro-ministro apartidário de um Governo que visava operar de forma mais independente da coligação de quatro partidos, houve incerteza sobre a sua posição. Na teoria política, o primeiro-ministro é essencialmente o presidente do Conselho de Ministros, mas, nas últimas décadas, a posição trouxe cada vez mais poder.

Os primeiros-ministros anteriores contaram com os seus próprios partidos para obter apoio. Esses partidos são tipicamente os que detém a maioria na Tweede Kamer, a Câmara dos Deputados.

"Como primeiro-ministro, estou no comando", disse Schoof numa entrevista no sábado com a AD sobre a especulação de que Wilders é quem realmente dá as ordens nos bastidores. "Bem, eu sou o chefe... o primeiro-ministro. É ele quem determina o que o Governo faz e mais ninguém."

Wilders contestou a afirmação, apontando que a Tweede Kamer está constitucionalmente "no comando". O líder do PVV cobiçava o papel de primeiro-ministro, mas foi forçado a abandonar a ideia quando os líderes dos outros partidos se opuseram à ideia de se juntar a uma coligação com Wilders no comando político do governo.

Em vez disso, todos os quatro líderes dos partidos da coligação concordaram em tomar um lugar de deputado na Tweede Kamer quando formaram uma coligação. É de lá que Wilders supostamente comanda os membros e ministros do seu partido no governo, apesar da insistência do NSC de que o Governo seja mais independente da Tweede Kamer.

Imagem de Reuters