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O primeiro-ministro neerlandês Schoof, confirmou a presença do presidente dos EUA, Donald Trump, na Cimeira da NATO, agendada para 24 e 25 de junho em Den Haag.
Schoof descreveu a conversa recente como "afável", observando que discutiram diversas questões importantes antes da cimeira. "Aguardamos ansiosamente a Cimeira da NATO do próximo mês em Den Haag", escreveu Schoof.
A discussão também abordou a necessidade crítica de um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. Schoof enfatizou: "Nestes tempos, é vital que a NATO permaneça unida. Juntos, somos mais fortes."
As relações comerciais entre os Países Baixos e os Estados Unidos também foram um ponto focal. "Conversamos sobre nossos interesses comerciais comuns. Enfatizei que tanto os Países Baixos quanto os EUA se beneficiam com uma relação comercial aberta", acrescentou Schoof.
Desde o anúncio que a participação de Trump na cimeira era incerta devido às suas frequentes críticas aos restante membros da NATO. O presidente americano exigiu que os países-membros aumentassem os gastos com defesa para 5% do seu Produto Interno Bruto (PIB), um aumento acentuado em relação à regra atual da NATO, de 2% e que mesmo assim, muitos países nem sequer atendem a esse padrão.
A cimeira também enfrenta questões sobre a presença do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. De acordo com fontes anónimas da NATO, Washington opõe-se à presença de Zelensky na cimeira. Trump declarou abertamente que a Ucrânia não se deve tornar membro da Aliança.
O primeiro-ministro Schoof declarou que Zelensky é bem-vindo, enquanto o secretário-geral da NATO, Rutte, ao lado dele, observou que nenhuma decisão final foi tomada.
As tensões entre Trump e Zelensky permanecem altas. Trump procurou principalmente uma reaproximação com o presidente russo, Vladimir Putin, para grande incredulidade dos aliados da NATO e de Kiev. Após os confrontos públicos com Zelensky, Trump incentivou negociações diretas entre a Ucrânia e a Rússia. Essas negociações ocorreram na semana passada, mas resultaram apenas numa troca de prisioneiros, sem maiores avanços.
Na segunda-feira, Trump conversou por telefone com Putin. Segundo fontes citadas pelo The Wall Street Journal, Trump informou que Putin não está pronto para encerrar a guerra na Ucrânia. Trump disse aos líderes europeus que Putin acredita estar a vencer o conflito. Tanto Zelensky quanto os líderes europeus há muito alertam Trump que Putin não tem interesse em terminar a guerra.
Imagem de rawpixel.com / National Archives and Records via The Watcher Post