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Em 2023, milhões de microchips produzidos na Holanda foram encontrados na Rússia após serem enviados por meio de comerciantes intermediários.
O Primeiro-Ministro neerlandês, Dick Schoof, afirmou durante uma visita a Kiev que é "altamente indesejável" que componentes fabricados na Holanda acabem em armas russas e prometeu fazer todo o possível para evitar isso. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a mesma visita, criticou a Holanda e outros países por permitirem que tais materiais cheguem à Rússia, apesar das sanções, chamando-o de "simplesmente estranho" que as nações afirmem não saber como evitar isso.
Embora as sanções ocidentais proíbam a Rússia de importar diretamente tecnologia e componentes de países como a Holanda, alguns produtos continuaram a chegar aos fabricantes de armas russos por meio de intermediários.
Schoof afirmou que a Holanda, juntamente com os seus parceiros na União Europeia, está em processo de impor ferramentas para evitar a evasão de sanções e tomará medidas contra empresas envolvidas nessas rotas de fornecimento indiretas. "A Holanda e a Ucrânia estão em contacto constante sobre esse problema", afirmou.
Na mesma visita, Zelensky concedeu a Schoof uma das mais altas honras de Estado da Ucrânia — a Ordem do Príncipe Yaroslav, o Sábio, Primeira Classe — em reconhecimento ao apoio da Holanda à Ucrânia na guerra contra a Rússia. Schoof agora junta-se ao ex-primeiro-ministro Mark Rutte, que já tinha recebido a mesma distinção.
Fotos publicadas por Zelensky no X mostraram os dois líderes em Kiev, junto a um muro memorial, exibindo fotografias de soldados ucranianos mortos.
Numa conferência de imprensa conjunta, Zelensky agradeceu a Schoof pelo apoio contínuo. "Agradeço por estarem ao lado da Ucrânia", disse ele, observando que a Holanda continua a ser um dos mais importantes doadores de ajuda humanitária e militar.