Segundo Pieter Omtzigt (NSC), ainda existem “diferenças significativas de opiniões” sobre “vários temas” entre os quatro partidos, mas sem revelar quais essas divergências.

Os líderes partidários do PVV, VVD, NSC e BBB vão continuar a negociar nos próximos dias, mas o tempo está a esgotar-se. Os líderes têm até a próxima semana para chegar a um acordo. Eles devem apresentar o seu relatório final à Tweede Kamer, a câmara baixa dos deputados, 15 de maio.

Um Omtzigt já cansado pensa que ainda é possível colmatar as diferenças e concluir as negociações antes dessa data. “É claro que teria sido melhor se tivéssemos terminado hoje.”

O líder do PVV, Geert Wilders, espera que as partes consigam chegar a um acordo, disse ele na quarta-feira. "Eu acho que é possível. Só demora mais um pouco.” Segundo Caroline van der Plas (BBB), os negociadores “só precisam de um pouco mais de tempo para explicar algumas coisas”.

Os quatro partidos discutem a formação de um governo de direita há mais de cinco meses. Se os quatro vão chegar a acordo até 15 de maio, ainda é incerto, disseram os responsáveis pelas negociações, Elbert Dijkgraaf e Richard Zwol. Segundo Dijkgraaf, a formação “certamente” ainda pode falhar. “Há obstáculos difíceis que temos de superar e teremos que esperar e ver se conseguimos superá-los.”

As partes querem que isto funcione, disse ele após o terceiro longo dia de negociações. “Às vezes é um jogo”, disse Dijkgraaf. “Depois de tanto tempo juntos, já tivemos momentos que só nos apetecia desligar e aqui houve muitos desses momentos.”

Segundo Van Zwol, as diferenças significativas de opinião de que Omtzigt falou não são novas diferenças de opinião. “As quatro partes na mesa têm opiniões diferentes. Com o tempo, algumas opiniões realmente convergiram, mas algumas das diferenças existentes ainda existem.”

Os líderes da negociação também não quiseram dizer em que áreas os partidos discordavam, mas sabe-se que as questões de asilo, finanças e direitos fundamentais estão em causa em muitas das vezes.

Se as quatro partes chegarem a um acordo, o seu “programa geral” será muito mais curto do que um acordo de coligação tradicional, mas também será “muito concreto” numa série de medidas, disse Van Zwol. “Não se pode falar de temas importantes como segurança social e habitação em termos vagos. Curto também significa concreto e especifico.”

Imagem de Wereldbestormers via Pixabay