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Bancos Limitam As Suas Taxas De Juro Na Poupança

Bancos Limitam As Suas Taxas De Juro Na Poupança

28-05-2024

Os bancos acompanham de perto as taxas de juro na concorrência e assim, coordenam tacitamente as suas próprias taxas, de acordo com o regulador ACM.

 E como os consumidores não mudam de banco, não existem incentivos suficientes para aumentar mais rapidamente as taxas de juro das contas poupança. As barreiras colocadas à mudança devem ser reduzidas o mais possível, analisa a ACM.

Os bancos sentem muito pouca pressão para aumentar as taxas de juro das contas poupanças por si disponibilizadas, concluiu a ACM após uma pesquisa sobre o mercado de poupança neerlandês, a pedido do Ministério das Finanças. E assim, ao longo do último ano e meio, as taxas de poupança nos principais bancos ficaram aquém das crescentes taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE), que atingiram recordes.

A grande maioria dos consumidores deposita o seu dinheiro na poupança de um dos três principais bancos (ABN AMRO, ING e Rabobank). Os três bancos não aumentam as suas taxas de juro desde Outubro de 2023 e aplicam taxas de juro de poupança mais baixas (1,5 a 1,7 por cento) do que os bancos mais pequenos ou estrangeiros.

A competição não está a funcionar”, diz o presidente da ACM, Martijn Snoep. Segundo o supervisor, não há indícios de acordos de cartelização entre os bancos sobre o nível das taxas de juro. Mas eles estão atentos às taxas de juro praticadas por outros e seguem com aumentos para valores semelhantes em vez de competir.

Segundo a ACM, há “coordenação tácita”. Isso não é proibido, mas o efeito sobre os consumidores é o mesmo que de um cartel, esse sim, proibido. As taxas de juro permanecem assim mais baixas, livrando-se os bancos de uma concorrência para atrair aforradores de outras instituições financeiras.

O facto de os aforradores raramente mudarem de banco também se deve ao facto de muitos preferirem um grande banco neerlandês. As taxas de juro são mais elevadas nos bancos pequenos e ou de origem estrangeira, mas muitos consumidores não dão esse salto. A ACM escreve que alguns consumidores não estão suficientemente conscientes dos produtos de poupança alternativos com taxas de juro mais elevadas.

As Barreiras À Mudança

Os consumidores também enfrentam barreiras à mudança. Alguns bancos exigem que o cliente poupança abra também uma conta corrente nesse banco. E a ACM afirma que é complexo comparar produtos de poupança. “Portanto, as barreiras à mudança devem ser reduzidas”, diz Snoep. O regulador defende que o governo deveria proibir a vinculação de contas correntes e de poupança.

Além disso, a informação sobre os produtos de poupança deve ser mais clara, com exemplos de cálculo claros. E deveria haver um serviço de mudança, através do qual os bancos fossem obrigados a providenciar adequadamente a mudança para os consumidores.

Imagem de Philippe Ramakers por Pixabay

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