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A Tweede Kamer, a câmara dos deputados neerlandeses, concluiu o primeiro debate sobre o orçamento com mais de 60 moções apresentadas no documento.
As moções variaram desde a expansão dos controles de fronteira ao uso da burca, passando por ajuda a Gaza, deixando claro que os partidos entraram em modo de campanha, relatam a NOS e a ANP.
Um número significativo de moções obteve um apoio de maioria, mas a sua implementação dependerá da composição da Tweede Kamer após as eleições para o parlamento a 29 de outubro.
Uma moção do PVV para expandir ainda mais os controles de fronteira, apesar de uma avaliação da medida em que se mostrava que ela era custosa e não impedia a entrada de requerentes de asilo no país, obteve um apoio da maioria. Assim como uma moção do mesmo partido para manter a dedução dos juros hipotecários, apesar dos alertas de especialistas de que ela faz aumentar os preços dos imóveis.
O VVD obteve apoio da maioria para uma moção que alargava a proibição do uso de burca. O BBB aprovou uma moção para revogar a lei de distribuição de requerentes de asilo. Também houve apoio maioritário para as moções do SP e do DENK para combater a pobreza infantil e do GroenLinks-PvdA para combater a pobreza energética. O Parlamento também aprovou uma moção do PVV e do FvD para designar o movimento antifascista de esquerda Antifa como uma organização terrorista, seguindo a mesma ação imposta por Trump nos Estados Unidos.
Uma moção da GroenLinks-PvdA para trazer crianças doentes e feridas de Gaza para os Países Baixos para receber cuidados médicos foi rejeitada pela margem mínima pela terceira vez, com 74 votos a favor e 75 contra.
A líder do PvdD, Esther Ouwehand, decidiu protestar contra a recusa do governo em reconhecer que Israel está a cometer genocídio na Faixa de Gaza, vestindo uma camisa que lembrava a bandeira da Palestina. O presidente da Tweede Kamer, Martin Bosma (PVV), pediu a sua retirada da sala para trocar de vestuário.
A faltar apenas duas semanas para o recesso eleitoral da Câmara dos Deputados, ficou claro que os partidos iniciavam as suas campanhas antecipadamente com as moções apresentadas. Os partidos apresentaram moções que sabiam que não obteriam apoio suficiente de forma a divulgar as suas posições ou criticar outros partidos.
Imagem de Tweede Kamer