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Num esforço para conter a propagação de doenças evitáveis por vacinação, algumas escolas de Noord-Holland vão começar a perguntar aos pais sobre o estado de vacinação dos seus filhos.
Esta iniciativa surge num momento em que os Países Baixos enfrentam um surto de tosse convulsa, que até agora resultou em quatro mortes infantis e um surto de sarampo que afeta cerca de 30 pessoas na região de Eindhoven.
A Fundação Tabijn, que supervisionou 21 escolas primárias e creches em Castricum e Heemskerk, tornou-se o primeiro conselho escolar do país a implementar esta política ao matricular novos alunos, de acordo com o Volkskrant. Tabijn enfatizou que perguntar sobre o estado de vacinação era puramente informativo e voluntário e não seria registado de forma alguma.
Embora a política se destinasse a incentivar a vacinação, as escolas não podem recusar a matrícula a crianças não vacinadas devido às leis de escolaridade obrigatória. Além disso, os pais que se recusam a responder a essas perguntas não podem ser descriminados. No entanto, os funcionários de Tabijn disseram que vão aproveitar a oportunidade para educar os pais sobre os benefícios da vacinação e os riscos associados às doenças que são evitáveis pela vacinação. Em entrevista ao jornal, a presidente do conselho da Tabijn, Carla Smits, enfatizou a importância da vacinação na proteção das crianças e na manutenção da imunidade coletiva.
A mudança das escolas Tabijn gerou discussões sobre questões de privacidade. De acordo com a Autoridade Holandesa de Proteção de Dados, as escolas terão de comunicar claramente a finalidade da recolha de qualquer informação sobre vacinação e garantir protocolos rigorosos de armazenamento de dados. Os funcionários da Tabijn afirmaram que cumprem todas as regulamentações de privacidade.
Esta iniciativa do grupo de escolas e creches de Noord-Holland surge no meio de um debate nacional mais amplo sobre as taxas de vacinação. Os pediatras lançaram um apelo nacional apelando aos pais para que vacinassem os seus filhos de acordo com o Programa Nacional de Vacinação. As taxas nacionais de vacinação entre crianças pequenas caíram abaixo de 90% pela primeira vez em décadas e há a preocupação de que isso piore como efeito colateral da pandemia do coronavírus.
Os pediatras pediram aos céticos em relação às vacinas que contactassem o médico pediátrico dos seus filhos ou o médico de família para discutir riscos e preocupações com as vacinas.
