A proposta de continuar o programa de distribuição gratuita de refeições escolares em 2025 não obteve o apoio suficiente numa votação realizada na terça-feira na Tweede Kamer, a câmara dos deputados neerlandeses. 

A iniciativa foi apresentada pelo D66, que faz parte do ainda ativo governo demissionário e pelos partidos da oposição GroenLinks-PvdA, Volt, Denk e SP. Consideraram lamentável que o acordo de coligação não tenha reservado recursos financeiros para esta situação e esperaram, em vão, retificar esta situação com a sua moção.

As escolas começaram a distribuir refeições gratuitas há cerca de dois anos a pedido da própria Tweede Kamer. A maioria no Parlamento esperava que isto significasse que as crianças já não teriam de ficar sem uma refeição durante o horário escolar.

A medida foi implementada quando a percentagem de crianças sem o devido pequeno-almoço tomado em casa e a falta de lanche para a escola, aumentou consideravelmente devido à perda de poder de compra das suas famílias face ao enorme aumento dos custos da energia.

As partes que apresentaram a moção apontam para a avaliação positiva desta medida desde o seu lançamento. As crianças têm mais energia e concentração, uma dieta mais diversificada, uma dieta mais saudável e apresentam níveis mais baixos de stresse.

É por isso que se esperava transformar isto num acordo permanente com um orçamento anual estruturado e debatido. Isto passaria então a ser anunciado no programa do governo, na elaboração mais detalhada do orçamento e estaria pronto para quando o novo governo tomasse posse.

Eddy van Hijum, do NSC, criticou esta imposição de uma medida durante um debate na semana passada. Ele é a favor que o novo governo deve ter espaço para fazer os seus próprios planos e não ser alvo de medidas impostas quando ainda nem sequer tomou posse. Este comentário surgiu após uma “discussão mais ampla” sobre pobreza entre as crianças.

Imagem de Frank Oschatz por Pixabay