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Abdi Nageeye venceu a NN Marathon Rotterdam pela segunda vez na sua carreira este domingo. O somali, naturalizado neerlandês, de 35 anos, ganhou a prova com um novo recorde pessoal.
Nageeye completou os 42.195 quilómetros em um tempo de 2 horas, 4 minutos e 45 segundos. Com este tempo ele melhorou o seu próprio recorde nacional de 2h04m56s, feito em 2022, também em Rotterdam.
No último quilómetro, Nageeye fugiu do etíope Amedework Walelegn. Walelegn chegou perto de Nageeye mesmo em cima da meta, mas o neerlandês foi um pouco mais rápido, cerca de 3 segundos.
Desde o início, Nageeye esteve na liderança do grupo com os outros favoritos Walelegn, Birhanu Legese (Etiópia) e Kenneth Kipkemoi (Quênia). Faltando 3 quilómetros, Nageeye e Walelegm aumentaram o ritmo da passada. Os dois atletas deixaram o resto do grupo para trás, após o qual Nageeye foi o mais forte.
Com a vitória na Coolsingel, o neerlandês sucede ao belga Bashir Abdi, que venceu a maratona em 2023 com o tempo máximo de 2h03m48s.
Com a vitória em Rotterdam, Nageeye está bem preparado para a maratona olímpica de Paris. Na capital francesa, espera conquistar uma medalha no próximo Verão. Em Tóquio 2020 conquistou uma medalha de prata na maratona olimpica.
Prova Feminina
Na prova feminina, a etíope Ashete Bekere venceu. Com o tempo máximo de 2h19m30s, ela ficou meio minuto acima do recorde do percurso (2h18m58s da etíope Tiki Gelana). A maratonista de 35 anos foi a segunda mulher em Rotterdam a terminar em menos de 2 horas e 20 minutos.
O título nacional, que também esteve em jogo na 43ª edição da Maratona de Roterdão, foi conquistado pela atual campeã Anne Luijten. A maratonista de trinta anos de Rijswijk não conseguiu melhorar o seu recorde pessoal (2h26m36s), mas voltou a correr menos de 2 horas e 30 minutos: 2h28m47s.
Isto torna quase certo que Luijten participe dos Jogos Olímpicos de Paris. A sua adversária direta, Jill Holterman, não conseguiu terminar abaixo do limite olímpico de 2 horas, 26 minutos e 50 segundos em Rotterdam. Holterman passou por momentos muito difíceis e só terminou em sétimo lugar no Campeonato Nacional, com 2h44m59s.
Luijten caiu bem abaixo desse tempo em outubro durante a maratona de Amsterdam e é a segunda neerlandesa a atingir o limite, além de Sifan Hassan. Um total de três neerlandesas poderão participar da maratona de Paris.
Portugueses
O primeiro português a surgir é André Martinho Cardoso na 275ª posição, com um agradável tempo de 2h41m56s, logo seguido por André Afonso Garcia na 319ª posição, com um tempo de 2h43m39s.
Já nas mulheres, a primeira portuguesa, Maria Caetano, ficou na 170ª posição, com um tempo de 3h18m36s.
Ambos os escalões na Maratona de Roterdão, masculino e feminino, já contaram com duas vitórias portuguesas. A 20 de abril de 1985, Carlos Lopes vence a prova com 2h07m12s e estabelece aqui um recorde mundial.
A 20 de abril de 1997, também Domingos Castro vence a prova com 2h07m51s. A partir daqui, as maratonas de Rotterdam passaram a ser controladas na sua maioria por quenianos.
Nas mulheres, Rosa Mota venceu a Maratona de Roterdão a 9 de abril de 1983 em 2h32m27s e a estabelecer um recorde neste percurso. Aurora Cunha foi a segunda portuguesa e vencer a 5 de abril de 1992, com um tempo de 2h29m14s e também ela a estabelecer aqui um recorde de percurso.
Imagem de Erik van Leeuwen, sob licença GFDL, via Wikimedia Commons